A Ginkgo Biloba, cujo nome nos inspirou para designar o nosso espaço de terapias naturais, é uma árvore milenar dita “sagrada” porque para além das suas múltiplas propriedades para a saúde, sobreviveu à explosão atómica em Hiroshima. É considerada um símbolo de paz e de longevidade e um fóssil vivo, pois acredita-se que exista há mais de 250 milhões de anos! O seu extracto encontra-se na lista das 10 plantas medicinais mais estudadas e mais comercializadas no mundo.
As suas sementes assemelham-se a pequenas pérolas que, depois de assadas, são consumidas e muito apreciadas como aperitivo no Oriente.
Ao longo do ano, as folhas desta árvore vão-se metamorfoseando, desabrochando na primavera com as suas lindas folhas, de cor verde vivo, de formato invulgar, tornando-se cor de ouro no Outono, deixando-nos extasiados ao passear nesses imensos corredores dourados, resplandecentes, com que a Natureza nos agraciou.
De referências comprovadas as suas indicações e benefícios vão desde o despertar da memória e concentração, melhoria da circulação sanguínea prevenindo por isso a formação de coágulos, tratamento de enxaquecas, prevenção do mal de Alzheimer e outras doenças cognitivas e neurológicas, auxiliar no combate à depressão, aumentar a energia e a libido, inibição da destruição do colagénio, possui ainda propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, bactericidas, fungicidas, é recomendada na diabetes, doenças reumáticas, dores musculares, vertigens, tonturas, ansiedade, zumbidos nos ouvidos, auxiliar na digestão e, há quem lhe atribua propriedades anti cancerígenas particularmente na mama, ovários, fígado e cérebro, devido à riqueza dos seus constituintes químicos.
A Ginkgo biloba apresenta-se sob várias formas: chás, gotas, cápsulas, ampolas e emplastros de folhas, em uso externo. Dela são aproveitadas as folhas, sementes e frutos.
Apesar das suas imensas propriedades e benefícios para a saúde, antes da toma, recomenda-se consultar um terapeuta qualificado ou o seu médico. Entre os efeitos adversos citam-se a maior fluidez sanguínea, portanto risco de sangramento maior do que o normal para quem sofra de problemas de coagulação ou se o uso for concomitante com fármacos de mesma acção ou ainda se for realizar uma cirurgia. De igual forma, pessoas que sofram de epilepsia, convulsões, problemas hepáticos graves, devem evitá-la, assim como grávidas e crianças com idade inferior a 12 anos.
Esta é a razão da nossa paixão!
Maria José Lavrador